Em mensagem
eletrônica à coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana
Matheus, a Caixa Federal afirma: “não há cronograma ou definições para outras
etapas do Caixa + Forte que alcancem centralizadoras e filias”. Em outras
palavras, a reestruturação iniciada no último dia 10 de abril, sem debate algum
com os representantes dos empregados, foi interrompida. A mobilização agora é
pela reversão das medidas implementadas no período.
Segundo ainda a
citada mensagem eletrônica, o que foi realizado até o momento priorizou a
reestruturação da Matriz, já concluída, bem como das filiais de Retaguarda, de
Pessoas, de Promoções Comerciais e de Marketing e Comunicação, agora em maio. A
Caixa Federal informou ainda que 653 empregados foram movimentados, mas
assegurou que operou, entre os dias 9 de março e 15 de abril, condições
especiais para as realocações. No total, também de acordo com a citada mensagem
eletrônica, houve a redução de 532 postos de trabalho na Matriz.
Histórico
O modelo de
reestruturação começou a ser elaborado no final de novembro de 2015. Em
janeiro, questionada pela CEE/Caixa, a Gerência Nacional de Informações
Corporativas e Negociações (GEING) disse não haver “informação oficial” sobre
mudanças nas Gerências de Filiais de Retaguarda de Agência (GIRET). Mas no
último dia 10 de março, em uma reunião curta e sem dar muitos detalhes, a
presidente Miriam Belchior anunciou as medidas.
Após pedido do
Sindicato dos Bancários de Brasília (DF), o Tribunal Regional do Trabalho da
10ª Região suspendeu, em caráter liminar, a reestruturação no DF, no último dia
21 de março. A primeira grande mobilização contra o processo aconteceu no dia
24 do mesmo mês de março, com a participação de empregados e entidades em todo
o Brasil. Em negociação realizada no dia 14 de abril último os representantes
dos trabalhadores criticaram a forma como tudo foi conduzido. Durante esse
período, vários outros sindicatos entraram com ações na Justiça contra as
medidas.