O magistrado da 5ª Vara do Trabalho de Brasília também sentenciou que a Caixa
apresente, em até 15 dias, todos os dados referentes à reestruturação no DF, em
especial a quantidade de funcionários atingidos pela medida, em quais setores
ocorrerão os descomissionamentos, quais unidades serão extintas ou remanejadas.
A não apresentação dos documentos solicitados implicará em multa diária de R$
250 mil por dia de atraso, limitada a 30 dias.
“Por falta de diálogo e transparência, fomos obrigados a ir à Justiça para que
tivéssemos acesso às informações sobre o processo de reestruturação e proteger
os trabalhadores do autoritarismo da direção da Caixa", diz o presidente
do Seeb/DF, Eduardo Araújo. O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira,
acrescenta: “o ideal é buscarmos uma solução negociada. Não vamos permitir
nenhum retrocesso ou prejuízo à categoria”.
Pedido de suspensão nacional
De acordo com Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos
Empregados, a CEE/Caixa e a Fenae vão enviar ofício à presidente do banco,
Miriam Belchior, nesta terça-feira (22), reivindicando a suspensão imediata da
reestruturação em todo o país. “Queremos transparência nesse processo, que foi
planejado e iniciado sem nenhum debate com as representações dos trabalhadores.
Isso só mostra a falta de respeito com a qual essa direção da empresa trata a
categoria”, avalia.
Argumentos do Sindicato
Na ação movida junto ao TRT, o Seeb/DF alegou que “várias funções e
unidades serão extintas e vários funcionários serão transferidos sumariamente
para outras unidades e até outros estados, comprometendo a vida financeira e a
unidade familiar desses empregados”. E ainda que “em razão da repercussão e da
quantidade de empregados atingidos pela medida, esta deveria ter sido precedida
de negociação coletiva” e que a Caixa “não presta informações consistentes
sobre os critérios que dirigirão esse processo de reestruturação”.