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26/01/2016 - 09:07:10
SINDICATOS QUEREM QUE BB SUSPENDA REESTRUTURAÇÃO

Em reunião frustrante, Sindicatos pedem suspensão da reestruturação da VISIN.

Faltam garantias para os funcionários, entre outros problemas que vêm acontecendo no processo. Aconteceu nesta quarta-feira (20), em Brasília, uma nova reunião entre os sindicatos, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e o Banco do Brasil, para tratar do processo de reestruturação na VISIN (Vice-Presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações), que envolve as áreas de logística, operações e plataforma do PSO e setor dos caixas das agências.

Os representantes dos funcionários apresentaram ao banco o quadro percebido nos locais de trabalho, onde há falta de informação, informações incorretas e dados inconsistentes nos próprios sistemas do banco.

Foi cobrado do BB, mais uma vez, uma planilha com o quadro real dos cortes em cada praça que haverá diminuição de cargos. A Comissão de Empresa argumentou que o compromisso do banco não foi cumprido e que até hoje não há informação real de cada cargo que será extinto ou remanejado de cidade.

Suspensão do processo

Os representantes dos funcionários solicitaram ao banco a suspensão do processo de reestruturação na VISIN, considerando-se o grande tumulto causado nos locais, a falta de consistência nos sistemas de concorrências e a falta de comunicação formal aos funcionários dos locais envolvidos.

Prazo insuficiente

O Banco do Brasil ampliou o prazo de início do VCP - verba de caráter pessoal (garantia de manutenção da remuneração por 4 meses) de 25/01 para 15/02 aos funcionários que não forem remanejados de praça ou que tiveram redução de salários.

Os representantes dos funcionários consideraram o prazo insuficiente, uma vez que para muitos funcionários a única opção de permanecer com o cargo será o deslocamento de mais de 4 mil quilômetros.

Poucas garantias apresentadas

Dentro das cobranças apresentadas pelos sindicatos, de garantias aos funcionários, o BB informou que está agilizando a quebra da trava de concorrência, fará um  curso de capacitação para quem for para a rede de agências, vai garantir a migração na lateralidade de 6 ou 8 horas se houver o cargo no novo prefixo e, ainda, a garantia de extra-quadro como escriturário em agência de preferência do funcionário, analisando ao número de pedidos de cada local, para se evitar um número grande de extra-quadro na mesma dependência.

Plano de Funções complica a reestruturação

Os representantes dos funcionários argumentaram ao banco que poderá ocorrer problemas de migração e realocação mesmo nas cidades que aumentarão o quadro de pessoal, devido ao plano de funções, uma vez que pela regra do Plano de Funções alguns funcionários terão salário reduzido mesmo subindo de cargo.  

Pressão e assédio nos locais de trabalho

Foi denunciado ao banco a pressão de alguns gestores para que os funcionários façam opção de migração urgentemente, mesmo antes do prazo estabelecido pelo banco. Muitos gestores estão tentando dar um ritmo próprio e açodado, em alguns casos ameaçando funcionários de rebaixamento de cargos.

Cobrança por mais garantias

A Comissão de Empresa da cobrou do BB que seja garantida aos funcionários a mesma remuneração para quem ficar extra-quadro nas agências, a extensão do VCP para 12 meses e adiar o prazo de início do VCP para além da data insuficiente de 15/02.

Apresentação de Planilha e contato com outras áreas

Ficou acordado que o Banco entregará semanalmente à Comissão de Empresa uma planilha com o quadro de vagas e movimentações para que seja feito acompanhamento real. Ficou acertado o dia 26/01 a apresentação do quadro geral de movimentações até aquela data. Ainda, será feito contato com outras áreas que não são da VISIN para desbloqueio de vagas de cargos semelhantes, com o objetivo de melhor realocação dos funcionários que estão perdendo funções.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o pedido mais coerente neste momento é a suspensão do processo: “Nos parece que todos os tratores foram ligados e estão atropelando pessoas e processos. Faltam garantias concretas para os funcionários, como a de manutenção da remuneração em extra-quadro. Se o banco quer mudar tanto os serviços de local, que gaste um pouco mais de dinheiro e dê segurança financeira aos seus funcionários. Uma reestruturação que corta cargos em tantos locais, traz com certeza economia ao banco” afirma.

Segundo ele, é impressionante a falta de conhecimento que diversas áreas do banco têm do plano de funções que imposta aos funcionários anos atrás: “As diretorias fazem reestruturações sem saber que tem gente que sobe de cargo e diminui salário, situação inusitada criada pelo plano de funções. Se a empresa realmente se preocupa com seus funcionários, deve usar um pouco a economia de milhões do plano de funções e manter os salários sem perda nas reestruturações. 

Orientações

Que todos os sindicatos continuem as visitas nos locais envolvidos nos grandes centros e também nas plataformas de PSO, na busca por informações mais detalhadas das movimentações, para que se possa buscar a proteção dos funcionários. Os funcionários devem relatar aos sindicatos os casos de arbitrariedades cometidas para que seja tratado no âmbito administrativo e jurídico se for necessário.



Fonte: FEEB SP/MS.
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