Nesta terça-feira (20), bancárias
e bancários participaram da 8ª rodada de negociações com a Federação Nacional
dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Mais uma vez, a negociação frustrou as expectativas da representação dos
trabalhadores, que esperavam uma proposta completa que contemplasse as
reivindicações apresentadas.
Mobilização nas redes sociais
Durante a manhã, bancários de todo o país se uniram em uma
mobilização nas redes sociais utilizando a hashtag #JuntosPorValorização. Todos
foram incentivados a marcar a Febraban (@febraban_oficial) em suas postagens,
reforçando o clamor pela valorização da categoria. O assunto ficou em terceiro
lugar entre os mais comentados, com um total de 13,2 mil posts.
Resumo
do dia
A mesa de negociação foi dividida em dois períodos, manhã e tarde.
Pela manhã, a Fenaban sugeriu medidas que implicavam na retirada de direitos,
prontamente rejeitadas pelo Comando Nacional, o que resultou em uma pausa nas
negociações.
No período da tarde, a Fenaban
apresentou uma proposta de acordo diferenciada, baseada no retorno sobre o
patrimônio líquido (ROE), que previa benefícios distintos para os trabalhadores
de diferentes bancos.
Nova rodada de negociação
Uma nova rodada de negociação está agendada para esta quarta-feira
(21), e a expectativa é que haja avanços concretos nas propostas.
Veja
as reivindicações da categoria
As negociações entre o movimento sindical bancário e a Fenaban
começaram em 18 de junho e devem ser concluídas antes da data-base da
categoria, em 1º de setembro. Entre as principais reivindicações estão:
– Reajuste salarial que contemple a reposição pelo INPC acumulado
entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%.
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados
(PLR).
– Valorização das demais verbas, como tickets alimentação e
refeição, auxílio-creche e auxílio-babá.
– Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na
categoria.
– Reforço nos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual.
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho.
– Inclusão e suporte para pessoas com deficiência (PCDs),
neurodivergentes e pais de filhos com deficiência.
– Ampliação da presença feminina na área de TI.
– Combate à terceirização e garantia de empregos.
– Jornada de trabalho de quatro dias.
– Expansão do teletrabalho.