A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), em conjunto com pesquisadores do Instituto de Psicologia da
Universidade de Brasília (UNB), está lançando a pesquisa “Avaliação dos Modelos
de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. O objetivo é analisar a
relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimento dos
trabalhadores do ramo financeiro. A pesquisa, que é mais uma ação da Campanha
Menos Metas, Mais Saúde, busca a participação ativa da categoria.
Serão analisadas condições profissionais, divisão do trabalho, as regras
formais, o tempo, o ritmo, o controle e as características das tarefas;
condições físicas de trabalho: a infraestrutura, tais como ambiente físico,
qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, como os aplicativos e
sistemas; e condições sociais, relações socioprofissionais de trabalho, como as
interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e
virtual.
Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, explica que a ação busca o
aperfeiçoamento das ferramentas do movimento sindical bancário para contrapor
os repetidos argumentos patronais de isenção quanto ao adoecimento da
categoria, frente a um crescente número de casos. “A participação dos
trabalhadores é fundamental, pois suas respostas contribuirão diretamente para
a construção de um ambiente de trabalho mais saudável no setor bancário. Com
base nas respostas, análises e estatísticas serão realizadas para identificar
problemas e propor soluções. O resultado será um relatório técnico que guiará
ações sindicais e organizacionais para combater riscos psicossociais e promover
a saúde de todos os envolvidos”.
https://pesquisa.trabalhovivo.net/pesquisa/index.php?r=survey/index&sid=719343&lang=pt-BR
A pesquisa estará disponível até o dia 31 de outubro de 2023. Os
interessados em participar podem clicar aqui.
O questionário da pesquisa leva, em média, 20 minutos para ser totalmente
respondido e, além das perguntas relacionadas ao ambiente físico de trabalho,
busca registrar a ocorrência de adoecimento, inclusive mental, eventuais
acompanhamentos médicos, uso de medicação e afastamentos do trabalho.
Todas as respostas coletadas serão preservadas com a garantia de sigilo e
direcionadas automaticamente aos pesquisadores envolvidos, que terão a tarefa
de estabelecer as métricas das amostras por região, por estados da federação,
por indicadores socioeconômicos (sexo, escolaridade, idade, raça, escolaridade,
estado civil, cargo, forma de contratação e por banco).
“É muito importante que todos os trabalhadores do ramo financeiro participem
para conseguirmos estabelecer novos patamares para as negociações e melhorias
nas condições de trabalho da categoria”, finalizou Mauro.