O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente, que exclui efeitos
extraordinários no resultado, de R$ 8,8 bilhões, no 1º semestre de 2023. O
resultado representa queda de 36,5% em relação ao mesmo período de 2022. Na
comparação trimestral, houve crescimento de 5,6%, já que o lucro líquido
recorrente no 2º trimestre foi de R$ 4,52 bilhões, frente a R$ 4,28 bilhões do
trimestre anterior.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do
banco ficou em 11,1%, decréscimo de 7,1 pontos percentuais (p.p.) em doze
meses. De acordo com o relatório do banco, o aumento no resultado com Seguros,
Previdência e Capitalização e a melhora gradual da margem com mercado,
contribuíram com a absorção do impacto das maiores despesas com PDD (R$ 9,3
bilhões), que continuam pressionadas pelo cenário de endividamento, em especial
das micro e pequenas empresas e, nesse caso impactaram negativamente no resultado
do semestre em relação ao 1º semestre de 2022.
Mesmo com números tão expressivos, a holding
Bradesco encerrou o 1º semestre com 85.284 empregados, com fechamento de 2.845
postos de trabalho em doze meses, 928 no trimestre. Em relação à estrutura
física, em doze meses foram fechadas 139 agências, 316 PABs e 245 unidades de
negócios. Somente no segundo trimestre, foram fechadas 68 agências; 110 PAB’s e
68 unidades de negócios.
“Como diz nossa campanha: a vergonha continua no
Bradesco. Mesmo lucrando bilhões, o banco fecha postos de trabalho e agências
físicas. É uma total falta de responsabilidade social, com tremendo desrespeito
aos trabalhadores e clientes. Isso precisa acabar”, afirmou Magaly Fagundes,
coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.