Plano de carreira,
incorporação definitiva de gratificação e mais contratações estão entre as
demandas do movimento sindical para funcionárias e funcionários do sistema de
Plataforma de Suporte Operacional.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e
representantes da direção do BB se reuniram na tarde dessa quarta-feira (21)
para mais uma rodada da mesa permanente de negociações, desta vez, sobre os
trabalhadores que atuam no sistema de Plataforma de Suporte Operacional (PSO),
setor que agrega os caixas e a área de tesouraria das agências.
“São diversas as demandas das funcionárias e funcionários das PSOs
colocadas na mesa, como o pedido para que o banco mantenha a gratificação aos
escriturários que a recebem para trabalhar como caixa”, destacou a coordenadora
da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa maior preocupação sobre a manutenção de
gratificação tem relação com a manutenção dos salários desses funcionários.
Atualmente, a gratificação está mantida por força de liminar concedida pela
Justiça a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT). O banco precisa reconhecer esse direito aos caixas”, reforçou.
O movimento sindical exigiu também a contratação de funcionários
para acabar com a sobrecarga de serviços, que incluem atendimento de processos
DJO (pagamento do alvará judicial). “Inclusive, pedimos ao banco que os
funcionários que têm acumulado os processos do DJO tenham uma comissão
específica para este serviço, que demanda especialização”, completou o
representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP)
na CEBB, Getúlio Maciel.
A necessidade de um plano de carreira para os trabalhadores das
PSOs também foi destaque na mesa. “Sabemos que a tendência de redução da função
de caixa é estrutural. Então, o banco deve dar oportunidades para que os
funcionários que são caixas possam se deslocar, de forma tranquila, dentro das
diversas carreiras do banco. O que não pode é continuar do jeito que está: o
trabalhador tem que vender e ser caixa, ou seja, bater escanteio e ir para área
cabecear”, observou o representante da Federação dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe (Feeb BA/SE) na CEBB,
Fabio Ledo.
Os representantes dos trabalhadores também criticaram o fato de
muitos funcionários terem que usar o celular particular para conseguir atender
as demandas dos serviços. “Os funcionários estão usando o celular pessoal para
prosseguir com a segunda validação necessária para acessar o sistema de
trabalho. Também constatamos que colegas estão fazendo contato com clientes
pelo celular pessoal. O que pedimos é que o banco melhore as ferramentas de
conversa interna ou forneça celular corporativo para cada trabalhador”, pontuou
a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições
Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres.
O banco respondeu que dará retorno sobre as questões apresentadas
na primeira semana de julho. Os representantes dos trabalhadores na CEBB
pediram celeridade: “A situação dos caixas das PSOs, inclusive, abre a
possibilidade para o assédio moral, porque são trabalhadores sobrecarregados e
submetidos a metas elevadas para dar conta da diversidade de serviços que
acabaram acumulando”, ressaltou Fernanda Lopes.
Datas
das próximas mesas permanentes temáticas:
12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);
20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;
11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;
28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
(Cassi).