Sindicato cobrou, na quinta-feira (29), a direção do banco para tratar
sobre a desativação das portas giratórias com detector de metais e a
substituição dos vigilantes armados por controladores de acesso, como parte do
processo de reestruturação dos postos de atendimento (PAs) implementado pelo
banco.
A representação dos trabalhadores exige que o
Mercantil do Brasil garanta a integridade física de seus funcionários e
clientes, com a manutenção de todos os itens de segurança necessários e cobra a
suspensão do processo, com o retorno da vigilância armada e a manutenção das
portas giratórias até que o assunto seja amplamente debatido junto ao Grupo de
Trabalho da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), conforme definido no
artigo 88 da Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT) da categoria, após negociações realizadas na Campanha
Nacional dos Bancários 2022.
“Pelo público que atende, aposentados e
pensionistas do INSS que, em sua maioria sacam seu benefício e transportam o
dinheiro em espécie, ficando à mercê de golpistas e pessoas mal intencionadas,
o Mercantil tem a obrigação de manter os vigilantes armados e as portas
giratórias com detecção de metais em todas as suas unidades de atendimento”,
disse o coordenador da COE do BMB, Marco Aurélio Alves. “A reestruturação dos
novos PAs, com a desativação das portas giratórias e a contratação de
controladores de acesso, que no nosso entendimento são despreparados para a
função de segurança bancária, é um tipo de economia que só visa aumentar os já
absurdos ganhos dos banqueiros. O banco precisa dar mais valor à vida das
pessoas do que ao lucro”, completou.
Segundo o coordenador do coletivo de Segurança
Bancária da Contraf-CUT, o assunto será levado para debate no GT junto à
Fenaban. “Esperamos avanços em mesa de negociação ou insistiremos em audiências
públicas que criem leis municipais e estaduais que garantam a segurança dos
funcionários e clientes dos bancos. Continuaremos cobrando para que a segurança
bancária não seja tratada apenas como custo pelo Mercantil do Brasil, e sim
como medida que preserva a vida de trabalhadores e clientes”.
Em mesa, o Mercantil do Brasil garantiu que irá
cumprir o acordo conquistado junto à Secretaria Regional do Trabalho de Minas
Gerais, com o compromisso de manutenção de um vigilante armado e a porta giratória
nos PAs do estado e que também irá seguir as legislações vigentes em cada base
territorial sobre a obrigatoriedade dos itens de segurança para o funcionamento
das unidades bancárias.