Entidades sindicais divulgaram nesta segunda-feira, 6, nota de
repúdio ao estudo feito pelo governo federal sobre uma possível nova reforma
trabalhista. Os sindicalistas alegam que as propostas do governo são para
normatizar a precarização e criar “dificuldades para vender facilidades”.
“Na contramão de países engajados no crescimento, como EUA,
Alemanha e China, o governo brasileiro insiste em tirar direitos da classe
trabalhadora, deixando o povo cada vez mais pobre e com menos recursos”,
informa o comunicado.
Conforme noticiado na Folha de S.Paulo, o governo federal
encomendou um estudo acerca de uma nova reforma trabalhista. Entre as medidas
estariam a proibição de vínculo empregatício de prestadores de serviço e
aplicativos, desregulamentação do trabalho aos domingos e outras mudanças na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para centrais sindicais, essas medidas trariam prejuízos a
classe trabalhista, não modernizam a legislação e estão atreladas a uma
mentalidade contrária a ajustes sociais. “A intenção do governo, ao que parece,
é aumentar o desemprego, que no Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a
exploração e a precarização. É criar dificuldade para vender facilidade. Neste
caso, criar miséria absoluta para vender pobreza.”
As entidades que assinaram o documento foram: CUT (Central Única
dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil),CST (Central Sindical de
Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).