O banco Itaú convocou reunião com a Comissão de Organização dos
Empregados (COE) do Itaú na tarde de quinta-feira (9) para negociar o
retorno ao trabalho presencial dos trabalhadores que estão em home
office.
Os representantes dos empregados foram contra e cobram
negociação para garantir um retorno programado, baseado em critérios
científicos, com percentual de imunização superior a 70%, para não
colocar em risco a saúde dos trabalhadores. Desde 1º de setembro, o
banco permitiu que trabalhadores voluntários dos prédios administrativos
voltem gradativamente aos locais de trabalho. “Os sindicatos de todo o
Brasil relataram denúncias de pressão de gestão para o retorno. Eles
forçam os trabalhadores a se voluntariarem. Nós não iremos tolerar esse
tipo de atitudes da chefia”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE
Itaú.
Membros do movimento sindical também cobraram como o
departamento de saúde do trabalhador irá se comportar neste retorno. As
pessoas serão examinadas, analisadas, terá algum tipo de acompanhamento
por parte do banco?
O Itaú informou que existe
fiscalização para garantir o respeito aos protocolos de saúde e
segurança e que todo o sistema de infraestrutura do banco permanecerá
híbrido, para evitar aglomerações nos escritórios. Estaremos acompanhando este retorno.
Retorno às agências
Conforme acertado nos últimos encontros, o banco comunicou aos
dirigentes sindicais, antes mesmo de publicar comunicado interno, o
retorno, obrigatório a partir de 4 de outubro, das pessoas do grupo de
risco de agências e que tem o ciclo vacinal completo. Sendo opcional a
partir de 20 de setembro.
Caso alguém não tenha tomado as duas
doses, o banco vai aguardar a data da segunda dose, mais 14 dias,
período de imunização completa, para cobrar o retorno.
As gestantes de agência não retornarão ao trabalho presencial em todo o Brasil.
COE é contrária ao retorno
Depois da reunião com o banco, a COE do Itaú se reuniu internamente e definiu pela posição contrário ao retorno presencial neste momento, devido ao baixo índice de imunizados em todo o Brasil e a incerteza da vacinação em algumas localidades. A COE também cobra do banco um acompanhamento médico individualizado para os trabalhadores do grupo de risco que retornarem.
A.