Terminou na tarde deste sábado (4) a 23ª Conferência Nacional dos Bancários e Bancárias que aprovou um plano de lutas para a categoria. Os debates e as resoluções tomadas no evento retratam a necessidade de união da categoria diante de um cenário de crise econômica, política e sanitária que atinge o país. A Conferência combinou um posicionamento de defesa da democracia com as conquistas e direitos da categoria.
“Conseguimos reunir cerca de 1.200 pessoas em uma discussão necessária para a categoria bancária e para todo o país. Ficou claro nos debates que sem democracia não há PLR, vale refeição e alimentação ou convenção coletiva. A Conferência mostrou a necessidade do Fora Bolsonaro, porque o Brasil só vai retomar o rumo do desenvolvimento quando colocarmos no governo outra forma de governar, priorizando a distribuição de renda, da geração de empregos e do combate à miséria”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional da categoria.
Debates
Cerca de 1.200 pessoas participaram da conferência, que contou com
mesas que abordaram temas como “O Brasil que queremos”, “Retrato da
categoria bancária”, “Qual sistema financeiro o Brasil precisa” e
“Brasil sem desigualdades”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva fez uma saudação na abertura da conferência. Lula lembrou que sua
relação com a categoria bancária é forte desde 1978. O ex-presidente
disse para que a categoria não perdesse a fé na reconquista da dignidade
do povo brasileiro. E na conquista da democracia.
Plano de lutas
Na Conferência, delegadas e delegados avaliaram o plano de lutas, com
110 propostas de resolução aprovadas em bloco. Os destaques foram para
as resoluções para manter negociações sobre teletrabalho com todos os
bancos, buscando garantir e ampliar direitos; fortalecer as negociações
na mesa de saúde; pela regulamentação do sistema financeiro, pela adesão
no grito dos excluídos/7 de setembro, pela defesa dos bancos públicos,
das empresas públicas e do serviço público, pela tributação dos
super-ricos, por uma reforma tributária progressiva e que distribua
renda e pelo Fora Bolsonaro.
Também foram aprovadas moções em
bloco, com destaque para a moção de apoio a Rita Serrano, representantes
dos empregados no conselho de administração da Caixa.