O "índice de miséria" no Brasil atingiu 23,47 pontos em maio, dado mais recente, no maior valor desde o início da série histórica, em março de 2012. O recorde negativo foi puxado por aceleração da inflação, aumento do desemprego e do custo de vida e queda da renda. Calculado pela LCA Consultores a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice mede a satisfação da sociedade com a economia.
Desemprego
de 14,6%
Os dados apurados pela Pnad apontam o trimestre encerrado em maio com o maior
índice de miséria, com taxa de desemprego de 14,6% e subutilização de 29,3% da
mão de obra. A subutilização soma desempregados, pessoas que gostariam e
estavam disponíveis para trabalhar mais e quem tinha potencial para trabalhar.
A taxa de desemprego ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas
registrou aumento de 1,7 ponto percentual, em relação ao mesmo período do ano
passado (12,9%), quando o país começava a sentir os efeitos da pandemia.
Inflação
de 8,9% em 12 meses
O INPC em maio foi de 0,96%, maior variação para um mês de maio desde 2016,
quando o índice foi de 0,98%. No ano, o indicador acumulou até maio alta de
3,33% e, nos últimos doze meses, de 8,9%.