O 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal
(Conecef), realizado neste sábado (7) em formato eletrônico, definiu o
calendário de atuação específica da categoria em defesa da Caixa
Econômica Federal e do seu quadro de pessoal.
“Este Conecef foi
fundamental para reafirmarmos a unidade dos empregados na defesa do
banco público, não apenas da Caixa, mas também dos demais bancos e
empresas públicas, que estão sob ataque de um governo que não tem
compromisso com os trabalhadores e quer acabar com o patrimônio do
país”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das
coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
“Neste sentido,
também foi muito importante a aprovação da resolução pela mobilização e
participação nas atividades do Dia Nacional de Luta e Paralisações
contra a PEC 32, que, com a desculpa de promover uma ‘reorganização’ da
administração pública, ataca os funcionários públicos e seus direitos e
prejudica o oferecimento de serviços públicos à população brasileira”,
completou. O Dia Nacional de Luta será no próximo dia 18.
O
presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa
(Fenae), Sergio Takemoto, também destacou a importância da união dos
empregados na luta em defesa das empresas públicas e da soberania
nacional. “Sabemos dos ataques que nós como empregados e a Caixa vêm
sofrendo, mas não somos os únicos que sofremos deste mal. Nesta semana a
Câmara dos Deputados aprovou a privatização dos Correios. A Eletrobras,
Petrobras, Banco do Brasil e demais bancos públicos também estão na
mira deste governo que quer dar a troco de bananas tudo o que é público.
Nossa união em defesa de todas empresas públicas fortalece nossa luta
em defesa da Caixa”, disse o presidente da Fenae.
Saúde e a pandemia
“Os empregados sempre estiveram na linha de frente para atender as necessidades da população e atenderam mais da metade da população pagando não apenas o auxílio emergencial, mas também os benefícios sociais”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT. “E o que temos da direção do banco, mesmo com todo o trabalho hercúleo realizado, é desvalorização e desrespeito. É uma inversão de valores. Até ataques ao nosso plano de saúde para inviabilizá-lo tem sido feito. Mas, vamos resistir contra os ataques aos direitos que conquistamos e também os ataques contra a Caixa 100% Pública. O Conecef foi importante para reafirmarmos a luta em favor da democracia e todos esses retrocessos”, conclui Fabiana.
Homenagem
Antes da apresentação dos painéis, o 37º Conecef fez uma homenagem ao
ex-presidente da Fenae; do Sindicato dos Bancários de Curitiba e da
APCEF/PR, Pedro Eugênio. Jornalista por formação, lutador social por
vocação, Pedro Eugênio entrou para a Caixa em 1982. Foi presidente da
APCEF/PR. Fez parte da coordenação nacional em defesa da Caixa e esteve
na Fenae entre 1999 e 2014, sendo presidente entre 2008 e 2014.
Após
a aposentadoria, criou o Instituto Datagenio, canal nas redes sociais
para informar ou denunciar decisões que afetassem a Caixa pública ou
seus empregados. Pedro Eugenio deixou um rico legado de mais de 30 anos
para a Caixa pública e social, contra a retirada de direitos de seus
empregados. Pedro Eugenio presente!
Moções e resoluções aprovadas
As delegadas e os delegados participantes do 37º Congresso Nacional
dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) aprovaram um
conjunto de moções e resoluções, reforçando a defesa da democracia e da
organização sindical.
Dentre elas, a resolução em defesa da
conselheira Rita Serrano e da sua participação ampla no Conselhos
Administração da Caixa. A perseguição, o assédio, as atitudes de
desqualificação e criminalização de representantes da categoria não
serão aceitas.
Também foi aprovada moção em defesa da saúde dos
empregados e das empegadas da Caixa. Uma decisão fatal foi tomada
quando, de forma unilateral, a direção da Caixa decidiu encerrar as
negociações do GT Saúde Caixa. Esse governo está usando seu poder social
e político para definir como as pessoas (no caso, nós empregados da
Caixa) devem viver, sobreviver e também morrer.
Foi aprovada
ainda moção em defesa dos participantes da Funcef. A atual conjuntura
política de privatizações tenta, a todo custo, retirar a representação
dos participantes das instâncias de poder da Funcef, enfraquecendo a
gestão participativa dos verdadeiros donos de mais de R$ 80 bilhões de
patrimônio do fundo.
Outra aprovação foi da moção em defesa dos
Correios na luta contra a privatização. Os Correios representam a
presença do Estado e dos serviços públicos em todas as regiões do país.
Por
fim, foi aprovada moção de repudio ao Pedro Guimarães e à direção da
Caixa. O repúdio é por manter os trabalhadores do estado de São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sem a garantia plena dos seus
direitos por adotar o Verocard, Greencard nesse estado.