“Estamos atuando em todas as frentes para cobrar a vacinação para os bancários, principalmente os que estão prestando atendimento nas agências, que têm contato com a população. Assim como professores, metroviários, motoristas de ônibus e outras categorias que trabalham direto com o público, prestando serviço considerado essencial, os bancários também precisam estar imunizados para poder trabalhar com mais segurança”.
“Além disso, estamos também atuando em parceria com parlamentares para que apoiem a causa. Um exemplo disso foi o projeto de lei recentemente apresentado pela vereadora Juliana Cardoso (PT), que prevê vacinação prioritária para a categoria bancária e outras categorias em atividades essenciais. Outra frente de atuação é na mesa de negociação com a Fenaban [federação dos bancos], onde sempre cobramos a entidade representante dos bancos para que também fortaleça a reivindicação por vacina junto ao governo federal e poderes executivos de cada estado”.
“Fomos uma das primeiras categorias a negociar medidas de proteção aos trabalhadores. Assim, conseguimos que metade dos bancários, em todo o país, fossem colocados em home office ou em regime de rodízio nas agências. Também sentamos à mesa regularmente com a Fenaban para discutir melhorias nos protocolos de segurança contra a Covid e medidas que consideramos fundamentais, como a suspensão das metas de vendas neste momento. São reivindicações que não foram atendidas pelos bancos, mas continuamos mobilizados e insistindo nessas questões. Estamos vivendo um cenário dificílimo, e não podemos abrir mão da organização e da pressão para garantir direitos mínimos”.
No ofício endereçado a Doria, o Sindicato, a Fetec/SP e a Feeb-SP/MS lembram que a atividade bancária foi considerada essencial em todos os decretos que previam o fechamento de parte do comércio e de serviços devido à pandemia, portanto, sempre foram mantidas em funcionamento.
Destaca ainda que o pagamento do auxílio emergencial, pelos bancários da Caixa, movimentou e tende a movimentar ainda mais a população nas agências bancárias, o que expõe os trabalhadores e resultou em um grande número de infecções por Covid-19.
O documento chama atenção ainda para aglomeração de pessoas nas unidades bancárias, inclusive formando filas nos autoatendimentos, o que também aumentam os riscos para os trabalhadores, e há imagens anexas dessas aglomerações. “Não raras são as situações em que contingentes de clientes, usuários dos serviços bancários e beneficiários das políticas públicas buscam atendimento nas agências bancárias e propiciam aglomerações, como demonstrado nas imagens anexas a este ofício. Dessa maneira, por todos os motivos ora explanados, as Entidades Sindicais solicitam a devida atenção ao pedido para a inclusão da Categoria Bancária no grupo prioritário para vacinação nesse Estado, haja vista estarem, durante todo o período, executando atividades essenciais e imprescindíveis a toda a sua população”, finaliza o texto do ofício.