A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a
direção do banco, na tarde desta terça-feira (18), para voltar a
debater a implantação do programa de remuneração variável “GERA”.
“Nosso objetivo é sanar
todas as dúvidas e transformar esse programa o mais justo possível para
os trabalhadores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú. “Vamos
analisar todas as informações passadas hoje e novos questionamentos
devem surgir. O importante é deixarmos o canal aberto para enviá-los e
marcarmos uma nova data para tratar exclusivamente do assunto”,
completou.
Projeto Itaú 2030
Outro tema abordado no encontro foi o Projeto Itaú 2030. A direção do
banco apresentou mudanças que foram feitas no projeto que está sendo
implementado aos poucos em algumas agências do banco. Ele prevê mudanças
na estrutura de cargos, com a unificação das diretorias Comercial e
Operacional. O projeto foi apresentado em dezembro pelo banco, pela primeira vez,
e começou a ser implantado em janeiro, segundo o Itaú, a princípio em
apenas 20 unidades. O banco anunciou na reunião desta terça-feira que
pretende expandir o projeto para 9 estados, na base da Federação dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrani/NE), no Espírito
Santo e em São Paulo, já com as alterações informadas hoje.
“Algumas
das alterações anunciadas hoje foram baseadas nos nossos apontamentos
durante este período inicial. É muito importante que o banco respeite
nossa mesa de negociações a pontos de nos ouvir no momento da
implantação e conseguir fazer as alterações necessárias, mesmo com o
projeto em andamento”.
A Comissão cobrou ainda o número de envolvidos e data do início da nova fase do projeto.
Emprego
O movimento sindical cobrou o motivo de tantas demissões nos últimos
meses. O banco dez uma apresentação de que contratou mais do que
demitiu, nos últimos dois anos. Entretanto, os representantes dos
trabalhadores lembraram que as demissões são feitas nas agências e nos
departamentos e as contratações nas áreas de tecnologia do banco. A COE
reivindicou a volta imediata da central de realocação.
“Nós
queremos o fim das demissões. Para esse acompanhamento, precisamos de
transparência do banco, pois os sindicatos não são mais responsáveis
pelas homologações dos bancários demitidos”, lamentou Maria Izabel,
diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da
COE.