O banco de
horas negativas dominou a pauta da reunião entre a Comissão de
Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco,
realizada na tarde desta quarta-feira (20), por videoconferência.
O debate começou com a apresentação do Itaú do número de trabalhadores que
entraram no banco de horas. O problema está no alto Ãndice de bancários com
mais de 400 horas negativas, pois, com este cenário, não seria possÃvel cumprir
o acordo de compensação no perÃodo de 12 meses.
Foi quando o movimento sindical propôs o aumento do perÃodo de compensação para
18 meses, com inÃcio no mês de março e a revisão do acordo a cada três meses.
Reivindicou ainda a possibilidade da inclusão de uma cláusula de prorrogação
deste perÃodo por mais seis meses, caso os trabalhadores não estejam
conseguindo zerar os seus bancos.
Os representantes dos trabalhadores também questionaram como ficará os casos de
bancárias com licença maternidade e de bancários e bancárias que sofrerem
afastamento por acidente de trabalho e não conseguirem zerar suas horas
negativas.
O banco ficou de avaliar a proposta e retornar sobre os questionamentos. Antes
disso, reafirmou a cláusula que diz que se houver desligamento por iniciativa
do banco não serão descontado essas horas.
Devido ao prolongamento do debate, as negociações em torno do Programa
Complementar de Resultados (PCR) e do Programa Bolsa AuxÃlio Educação 2021
ficou para a próxima reunião. A COE Itaú pediu urgência na marcação do novo
encontro, para resolver as questões antes que a nova direção assuma seus
postos, no inÃcio de fevereiro.
O Itaú aceitou e prometeu apresentar um programa interno de treinamento de
requalificação, como ampliação ao programa de Bolsas, que será estendido aos
dependentes.
Antes de
encerrar a reunião, o Itaú atualizou os dirigentes
sindicais do andamento do novo modelo de agências. Um projeto piloto
vai começar por duas regionais: Guarulhos (SP) e São João do Meriti (RJ). Essas
regiões foram escolhidas por contarem agências de todos os portes, segundo o
banco.
De acordo com o Itaú, irá acabar a área comercial e a área operacional, para
criar uma área única, com integração num novo modelo de trabalho, que vai ter
efeitos positivos para os clientes e para os funcionários, pois gera a abertura
de oportunidade para novos caminhos de carreira.
O banco garantiu que a missão do projeto não é diminuir o número de
funcionários das agências, mas sim organiza-los melhor, com uma ressignificação
dos cargos de gestão da agência.
O movimento sindical se comprometeu a construir uma agenda de discussão deste
novo modelo e também sobre o Gera, programa que vai substituir o Agir, ligado Ã
remuneração variável dos funcionários do Itaú, assim que as questões iniciais
deste encontro forem solucionadas.