Uma pandemia sem precedentes nos últimos anos, que tem
infectado milhares de pessoas ao redor do mundo e que nos últimos dias chegou a
mais de 2000 caso no Brasil, reacendeu o
debate sobre a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e como defendê-lo.
Com um sistema de saúde gratuito e universal, o Brasil tem passado pela
epidemia com menos danos do que outros países, como os Estados Unidos. Por lá,
os casos de coronavírus tiveram de escalar para a casa dos milhares para que o
governo pudesse intervir de forma mais drástica. Atualmente, os custos de um
teste para descobrir se um paciente está contaminado são altamente variáveis e
ainda exorbitantes. De acordo com o MarketWatch, podem variar entre 1 mil
dólares e 4 mil dólares, conforme o caso, e por isso a decisão governamental de
arcar com estes custos para conter o surto. “Os Estados Unidos só se moveram no
sentido de controlar a crise quando ela já estava incontrolável. Isso porque
não há um sistema público de saúde como o SUS por lá e muitas pessoas acabam
não buscando auxílio médico com medo dos custos, o que subdimensiona a epidemia
e ajuda com que ela se alastre”, avalia o diretor de Saúde do Sindicato, Carlos
Damarindo. Casos de sucesso – Somadas,
as medidas retardam o avanço da epidemia e assim impedem que o sistema de saúde
fique sobrecarregado. Exemplos incluem Cingapura e Hong Kong e até mesmo Coréia
do Sul e a China, que conseguiram reverter a tendência explosiva de crescimento
da doença. Por aqui, o presidente tem ignorado as recomendações da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde.