Os bancários - historicamente organizados nacionalmente, com uma
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para todo o país e todas as
empresas do setor - foram os primeiros a se mobilizar para pressionar o setor
patronal a adotar medidas de proteção aos trabalhadores e clientes, em
decorrência da pandemia de coronavírus (Covid-19).
Desde 26 de fevereiro,
quando o Brasil teve confirmado o primeiro caso, as entidades representativas,
reunidas no Comando Nacional dos Bancários, estão em contato e realizando
frequentes negociações com a Fenaban (federação dos bancos). A atuação das
entidades já resultou, por exemplo, na suspensão das demissões no
Santander e Itaú e em medidas para que mais bancários realizem home office,
principalmente aqueles incluídos em grupos de risco.
“Nestes momentos de crise
temos que valorizar e muito a nossa unidade nacional. É a nossa união, de
bancários de bancos públicos e privados, do norte ao sul do país, que
garante a nossa força nas negociações com a Fenaban”.
“Nossa organização e unidade
permitiram que a cobrança por medidas que protejam a saúde de bancários e
clientes fosse rápida, unificada e contundente. Já avançamos muito desde o
início da pandemia de coronavírus, mas é necessário avançar ainda mais. Nossa
reivindicação é para que apenas sejam mantidos nas agências apenas atendimentos
essenciais como compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito,
caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais. Para nós, do
Sindicato e demais entidades representativas, a gravidade do momento exige que
a vida das pessoas esteja m primeiro lugar. Temos atuado com base nisso desde o
início desta crise. Mais uma vez, os bancários são referência de organização e
mobilização para todas as demais categorias".