Colega
empregado da CEF,
Estamos aqui mobilizados em defesa dos nossos direitos e do futuro da Caixa. As
alterações propostas pela direção da Caixa estão provocando a redução do banco,
do seu papel social e o desrespeito aos nossos direitos.
Pelo modelo proposto, o banco será direcionado para o aumento das vendas de
produtos em seguros, cartões e outras áreas que o banco quer privatizar. Para o
empregado, as mudanças que a empresa tem realizado estão causando problemas,
como mudanças bruscas de atividades, cobranças de metas abusivas,
descomissionamentos sumários, fim de postos de trabalho e transferências
compulsórias.
Atualmente,
o lucro da Caixa decorre cada vez menos das operações bancárias e mais da venda
de ativos e de operações de tesouraria, como venda de tÃtulos (TVM) e
comercialização de ações ou com a imposição absurda de um teto de 6,5% para
gastos com o Saúde Caixa. A nova reestruturação revela também a intenção em
reduzir o papel social da Caixa. As mudanças não levam em conta todo o esforço
dos empregados nem o sucesso obtido com o pagamento de FGTS, PIS, dentre outros
programas sociais.
O banco vem
sendo descapitalizado com os pagamentos do Instrumento HÃbrido de Capital
(IHCD). A devolução desse dinheiro implica, por exemplo, em mais cortes em
programas como o Minha Casa Minha Vida, que está parado por falta de recursos.
O programa deve ter o menor orçamento da história. O contingenciamento levou
mais de 90% dos recursos autorizados.
A Caixa
também vem recuando na oferta de crédito em áreas importantes para o paÃs.
Entre 2015 e 2019, houve uma redução de quase 71% no crédito para micro e
pequenas empresas e de 30% no crédito agrÃcola. Com relação ao Fies, de 2015 a
2018, foi registrada uma queda de aproximadamente 71%. Defender o papel social
da Caixa é defender o PaÃs, a geração de empregos e infraestrutura e os
direitos dos empregados.
Nosso
repúdio a posição da empresa que, mais uma vez, adota medidas prejudiciais aos
trabalhadores sem discussão com as representações deles.