Depois de um longo processo de negociação,
elaboração e análise da proposta para a recuperação da Caixa de Assistência dos
Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), os associados foram chamados a dar sua
opinião sobre a mesma entre os dias 18 e 28 de novembro.
O resultado saiu no início da noite de quinta-feira (28). Foram 81.982 votos
pelo SIM e 39.608 votos pelo NÃO. Do total de votos válidos (121.590), 67,42%
aprovaram a proposta negociada pelas entidades representativas (Contraf-CUT,
representando mais de 90% das bases sindicais, Anabb, AAFBB e FAABB).
Com a aprovação da proposta, fica garantido o aporte imediato na Cassi pelo
banco de mais de R$ 1 bilhão e, a partir de janeiro do próximo ano, mais cerca
de R$ 550 milhões anuais, na forma de contribuições patronais por dependente de
funcionário ativo, mais cerca de R$ 150 milhões em cobertura de despesas
administrativas por parte do banco até 2021. Estes aportes estão inscritos no
novo estatuto, portanto são em definitivo.
“Com isso, a Cassi se livra do risco de ter sua carteira liquidada ou alienada
por imposição da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e nós,
funcionários do BB, não teremos de tentar negociar novamente com este governo
que despreza trabalhadores e organizações sociais e corta direitos
trabalhistas, sociais e previdenciários”, disse o coordenador da Comissão de
Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga,
acrescentando ainda que as entidades conseguiram negociar a proposta ora
aprovada porque a sua construção e os recursos necessários estavam em andamento
desde o governo passado.
Fukunaga disse ainda que a única proposta colocada pelos defensores do NÃO para
resolver o problema financeiro da Cassi é a instituição de uma contribuição
temporária, sem alteração estatutária. “A Cassi não pode cobrar um centavo
sequer de contribuição adicional nem do banco nem dos associados se a mesma não
estiver prevista no estatuto da entidade. Os defensores do NÃO vão iniciar um
novo processo de alteração estatutária? Pretendem voltar a negociar com a
direção do banco, com este governo que vive dizendo que a Cassi é um privilégio
e que o banco não pode colocar mais recursos na Caixa de Assistência dos
Funcionários?”, questiona.