O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou na quinta-feira 24 que
a Caixa pretende realizar uma sequência de ofertas públicas iniciais de ações
(IPOs) de suas subsidiárias a partir do início do ano que vem. De acordo com
Pedro, a primeira abertura de capital será a da Caixa Seguridade e sua
expectativa é de que seja realizada ainda no 1º trimestre de 2020.
“Estas aberturas serão históricas. Fiz 70
reuniões nos EUA e todos garantem que as operações já estão compradas”, disse o
presidente da Caixa durante seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio
de Janeiro. “A abertura de capital de cada uma dessas empresas é relevante para
melhorar a qualidade dos serviços. Ainda discutimos com qual fatia que a Caixa
vai ficar. É uma discussão estratégica”, acrescentou.
Para o Sindicato, a abertura
de capital de subsidiárias é parte de um processo de privatização do banco
público.
“A abertura de capital, esse fatiamento da
Caixa, faz parte de um processo implementado pelo governo federal de desmonte
do banco e também de sua função social. As falas do presidente da empresa,
afirmando que a Caixa manterá seu papel social, são de uma hipocrisia sem
tamanho, pois com certeza ele não se importou com isso nos bancos públicos por
onde passou. Caixa Seguridade, Cartões e Loterias são áreas extremamente
lucrativas e estratégicas. Não faz sentido entregá-las para o mercado privado
nem do ponto de vista da rentabilidade da Caixa e nem do ponto de vista social”.
Somente em 2017, as Loterias
da Caixa transferiram R$ 5,2 bilhões para programas sociais nas áreas de
seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde. Esse
montante representa 37,4% do total de R$ 13,9 bilhões que foram arrecadados
naquele ano com os jogos feitos pelos brasileiros.
"Defender a Caixa 100%
pública é também defender o país e os empregos e direitos dos trabalhadores do
banco público. A luta do Sindicato é por uma Caixa fortalecida, com seu papel
social valorizado, colaborando para o desenvolvimento do Brasil. Estamos
mobilizados para barrar os planos privatistas deste governo. Essa é uma luta de
todo a sociedade”.