Conquista
da Campanha Nacional dos Bancários 2018, que fechou acordo de dois anos, o
reajuste da categoria aplicado este ano, de 4,31% nos salários, vales e PLR,
injetará na economia cerca de R$ 10,549 bilhões entre 1º de setembro de 2019
(data base da categoria) a 31 de agosto de 2020, valorização positiva de 6,3%.
Somente em
setembro, com a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados),
serão injetados R$ 3,488 bilhões na economia. “O grande impacto econômico
positivo dos reajustes conquistados com o acordo de dois anos, de 5% em 2018 e
de 4,31% em 2019, mostram mais uma vez que a estratégia de negociação e
mobilização adotada foi acertada, uma vez que garantiu aumento real nos dois
anos e também assegurou todos os direitos previstos na nossa Convenção Coletiva
de Trabalho. Isso em uma conjuntura política e econômica adversa, após a
aprovação da reforma trabalhista que retirou direitos.
São poucas
as categorias que conquistaram aumento real em 2018 e 2019. No caso de
estatais, como BB e Caixa, o reajuste padrão proposto pelo governo é de apenas 70%
da inflação”. Se analisado apenas o impacto do reajuste de 2019 nos salários
dos bancários, o montante chega a R$ 2,249 bilhões. “Se não fosse pela gestão
dos bancos, que mesmo com lucros recordes cortaram 3.057 postos de trabalho, o
impacto positivo do reajuste salarial seria pelo menos 10% maior. Ao contrário
do que defende o atual governo, que insiste em dizer que o trabalhador terá de
escolher entre direitos ou emprego, atacando nossas conquistas e aposentadoria,
o resultado da mobilização da nossa categoria prova que quando o trabalhador é
respeitado e valorizado a economia ganha e mais empregos podem ser gerados”.