A Organização Internacional
do Trabalho iniciou nesta semana sua reunião que marca os cem anos da entidade.
Apesar de a entidade ter enviado um convite ao presidente Jair Bolsonaro, o
governo optou por não enviar nem sequer um ministro. O chefe da delegação será
o secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo. No evento, porém, estão previstos
nomes como o de Angela Merkel, Emmanuel Macron, Dmitri Medvedev e dezenas de
outros. O Brasil já havia sido colocado numa lista preliminar de 40 países que
poderiam ser alvos de um questionamento no Comitê de Aplicação de Padrões da
OIT. Essa inclusão foi resultado de uma análise publicada em fevereiro, por
parte dos peritos da OIT.
Antonio Lisboa,
representante internacional da CUT, comemorou a decisão. "A inclusão do
Brasil na lista é um reconhecimento da grande farsa que foi a reforma
trabalhista, com argumentos de que promoveria emprego e a livre
negociação", disse.
Em 2018, a OIT acabou não
condenando o Brasil. Mas pediu que o governo fizesse uma análise do impacto da
reforma e que Brasília explicasse como foram as consultas com sindicatos antes
da adoção da reforma. Os sindicatos insistem que foram ignorados, enquanto o
governo garante que todos foram ouvidos.