Nervosismo, dor
de barriga, cansaço, tontura, falta de apetite. Você certamente já sentiu
alguns desses sintomas em uma situação de stress. Agora, imagine viver com esses
e outros incômodos sérios o tempo todo – e pior: seu trabalho ser o gatilho de
tudo isso.
É o burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento
profissional – a expressão “burnout” significa “esgotamento” (é uma analogia
com a combustão – um carro “burnout” a gasolina dele até esgotar o tanque, por
exemplo.
O burnout é caracterizado como uma síndrome
ocupacional. Ou seja: é quando você se vê exaurido por conta de situações
vividas no ambiente profissional – excesso de cobranças, competitividade, acúmulo
de responsabilidades. Policiais, BANCÁRIOS, professores, jornalistas, médicos e
enfermeiros estão entre as profissões mais afetadas pela pane física e mental.
A prevalência do problema ao redor do mundo é incerta.
Mas tudo indica que a situação no Brasil não é das melhores. A International
Stress Management Association (Isma-BR) estima que 32% dos trabalhadores brasileiros sofram com esse
tipo de stress.
Dá para entender
por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o transtorno, pela
primeira vez, na Classificação Internacional de Doenças, que lista enfermidades
e estatísticas de saúde que serão prevalentes nos próximos anos. A OMS descreve
o burnout como “uma síndrome resultante de um stress crônico no trabalho que
não foi administrado com êxito”.
Se você anda se estressando demais do trabalho (ou
conhece alguém que está passando por isso), é bom se informar melhor sobre o
burnout – e saber quando é hora de procurar ajuda.
Nem
sempre os sinais do burnout se manifestam de forma intensa. O mais típico é a
ausência de vontade de sair de casa para trabalhar – ausência mesmo; você pensa
seriamente em ficar em casa sem motivo, e arriscar sua vida profissional.
Conforme a doença evolui, outros sintomas físicos e psicológicos dão as caras.
Entre eles:
·
Dor de cabeça frequente
·
Insônia
·
Falta de concentração
·
Sentimento de fracasso e insegurança
·
Alterações repentinas de humor
·
Pressão alta
·
Dores musculares
·
Problemas gastrointestinais
·
Alteração de batimentos cardíacos
·
Depressão (em casos mais graves)
Só um profissional especializado – psiquiatra ou
psicólogo – pode cravar se o quadro é mesmo de burnout.
Psicoterapia é o mais comum. Em alguns casos,
medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são indicados. Praticar exercícios
e fazer atividades de lazer ajudam a aliviar a tensão – tirar férias também.
Ter uma vida prazeirosa fora do trabalho é o melhor
jeito de evitar o burnout. Sair com os amigos, visitar lugares novos (ou voltar
àqueles que você mais gosta), ir ao cinema e fazer exercícios são alguns
hábitos que ajudam num dia a dia mais leve.
Outras dicas do próprio Ministério da Saúde: evite ficar
perto de pessoas “negativas” (aquelas que reclamam do trabalho o tempo todo,
por exemplo); e, quando se sentir pra baixo no expediente, não deixe de
conversar com alguém que considera de confiança.
Também não caia na armadilha de tomar medicamentos
por conta própria, e muito menos de se aliviar com álcool, cigarro etc. Senão,
o que já estava ruim pode acabar piorando.