Dados
obtidos no INSS revelam que de 2009 a 2017, a quantidade de trabalhadores de
bancos afastados por transtornos mentais cresceu 61,5%, e o total de afastados
aumentou 30%; número absoluto de trabalhadores adoecidos pode ser ainda maior
devido à subnotificação
O número de bancários
afastados por doenças cresceu substancialmente entre 2009 e 2017, segundo dados
do INSS obtidos pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O total de trabalhadores que tiveram benefícios
acidentário ou previdenciário foi de 13.297 em 2009. Oito anos depois, 17.310
tiveram de se afastar do trabalho por conta de enfermidades. Aumento de 30%.
Mais de 50% dos casos referem-se a transtornos mentais
(aumento de 61,5%) e enfermidades relacionadas a lesões por esforço repetitivo
(crescimento de 13%).
“O levantamento reforça que a categoria bancária está
adoecendo cada vez mais, e os motivos são aqueles que nós estamos cansados de
alertar e denunciar: sobrecarga de trabalho, pressão para o cumprimento de
metas abusivas e assédio moral. Tudo isso objetivando o aumento da
lucratividade cada vez maior das instituições financeiras, o que só favorece os
acionistas e diretores executivos dos bancos, em detrimento da saúde de
milhares de trabalhadores”.