Como o movimento sindical já vinha alertando, desde
antes das eleições de 2018, uma das principais metas do governo Bolsonaro é
privatizar e reduzir empresas estatais. Isto mais uma vez foi confirmado, em
evento do Credit Suisse, pelo secretário especial de Desestatização e
Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar.
De
acordo com matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, nesta terça-feira,
29, o secretário confirmou as ameaças de fatiamento dos bancos públicos. Apesar
de afirmar que o governo deverá manter a Petrobras, a CAIXA e o BB, Salim
deixou claro que a intenção é reduzir o tamanho das empresas.
No
alvo estariam principalmente as subsidiárias, que seriam vendidas pelo governo.
Em sua fala no evento, o secretário especial afirmou que “não há por que o
Banco do Brasil ter um banco de investimentos, por exemplo”.
Estas
propostas não apenas ameaçam o emprego de milhares de trabalhadores dos bancos
públicos em todo o Brasil, mas também a atuação social destas instituições.
“Os
bancos privados sempre puderam fazer grandes investimentos no país, em
habitação, agricultura. Nunca fizeram porque não tiveram interesse, já que o
único objetivo é o lucro. Ou seja, com o enfraquecimento dos públicos, o
mercado, o capital privado, se desvencilha de concorrentes incômodos. A
população brasileira e a economia do país perdem, assim, instrumento importante
de política pública”, explica a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das
Empresas Públicas, Rita Serrano, que também representa os empregados da CAIXA
no Conselho de Administração do banco.